terça-feira, 6 de outubro de 2009

Fanti Manumilde na Lemon-Área !!!

Salve, salve, minha LemonGaleraaaaa...
É com mó satisfação que posto aki no LemonBlog o texto do meu Lemon-Brother Fanti Manumilde, do Heliópolis (Zona Sul de Sampa).
E vilta e meia você verá textos desse mano, por aki.
Se liga só nesse conto:
HOJE FOI UM DIA LINDO

Hoje foi um dia lindo, pra ser mais preciso foi poético. Acordei cedo com o cantar de um bem te vi ao longe, como seu canto soava bonito. Lembrei suavemente da noite que tivera com minha patroa, sorri ainda meio sonolento.

Procurei-a, percebi que tomava um banho, não me contive e segui em direção ao banheiro. O silêncio da manhã é mesmo muito bom, a claridade vinda da rua denunciava um dia ensolarado, algo que tranqüiliza, mas os dias de chuva também são ótimos.

Minha gata permitiu outra aproximação e já pelado adentrei embaixo do chuveiro, nos beijamos loucamente e nos amamos como nos velhos tempos, a melhor coisa do mundo e o nosso amor perdura assim livremente.

Depois do banho fui até a padaria, as crianças ainda dormiam , comprei pão, leite, pão de queijo pros pequenos, frios e língua de sogra. Meu amor ficou passando um cafezinho daqueles deliciosos como só ela sabe passar. Pra saber das noticias comprei um jornal.

Ao retornar as crianças já tinham acordado, me receberam ao portão com a maior euforia do mundo, parecia que eles não me viam há tempos, abracei-os com bastante força e com beijos me deram bom dia.Saíram em disparada com as sacolas pra dentro de casa, tomamos um café da manhã, reunidos na mesa, unidos com maior alegria. O dia começava preguiçoso, na rua as pessoas começavam a transitar, decidi varrer a porta de casa, Musael me ajudou com o lixo enquanto Dandaar ajudava sua mãe com afazeres domésticos.

Entramos pra guardar o lixo no saco plástico. Fui ler o jornal, sentado no meu banquinho de costume, minha patroa passava pra lá e pra cá, me atiçando... Preferi me concentrar na leitura do diário. Muitos afazeres ainda insistiam em aparecer, como todo domingo é de praxe tive que ir a feira comprar frutas pra crianças, entre hortaliças e etc. A feira é uma ótima tarefa de se fazer, fomos todos juntos, apesar de ser estafante, muita gente e tudo mais, é legal. Existe uma poética na feira que me encanta, tipo uma desordem organizada, deve ser o calor humano, as conversas, a pechincha. Por incrível que pareça a feira por aqui também é um ponto de encontro e apesar dos pequenos chorarem por pastel, não compramos, pois o almoço da gente seria meio que especial.

Fomos numa churrascaria perto de casa mesmo, pelo menos uma vez por mês tem que rolar; somos filhos de Deus também. Local agitado cheio de famílias contemplando a vida, garçons e garçonetes feitos loucos com bandejas correndo entre as mesas, o Musael deu até um chilique quando viu uma taça de sorvete enorme, queria de qualquer jeito, Elinha minha mulher, disse que era melhor pegar senão menino poderia ficar com vontade e adoecer, fazer, tive que fazer o pedido. Esbaldamos-nos com a taça de sorvete que deu pra nós quatro.

À tarde de domingo estava linda demais pra voltarmos e ficar assistindo Faustão ou qualquer coisa do tipo. Depois de batermos um rango da hora decidimos na hora ir ao museu do Ipiranga, só faltava uma câmera fotográfica, o celular deu conta do recado. Fomos caminhando pra fazer digestão, de ônibus talvez o Musael vomitasse, pois ele se enchera de sorvete e churrasco, como todos nós. A tarde era esplendida, uma brisa suave de mês de junho soprava pra amenizar o calor, apesar de ser inverno o sol queimava legal, coisa de São Paulo.

Pessoas faziam Cooper, andavam de bicicleta, desenvolvia caminhada, outros namoravam, tiravam fotos, sorriam, crianças corriam pra lá e pra cá e os nossos também, seus rostinhos já se avermelhavam de euforia. Tomamos picolé, água de coco, comemos algodão doce e pipoca, ficamos um bom tempo sentado na grama, só apreciando o caminhar das nuvens em seus formatos, bandos de pássaros pareciam se exibir pra nós, nos cortejando com seus cantos e sua liberdade.

Elinha lembrou-se das primeiras vezes que fomos ao museu, ainda namorados. Até da vez que cabulamos aula pra namorar no matagal que fica atrás da casa, que permanecemos até anoitecer. Depois sei que levamos a maior bronca dos nossos pais, mas foi legal. De vez em quando entre a gente um beijo era roubado discretamente, tornando-se numa brincadeira amorosa.

Há hora chegava sorrateira, sem a gente perceber já eram quase 5h da tarde, tivemos que ir embora, mas felizes da vida, porém o dia não tinha se acabado ainda. As crianças estavam mortas de cansaço, nem bem chegaram e já foram dormindo, deixando a gente mais a vontade para concluirmos nosso namoro que começamos no museu.

Depois de outra ducha revigorante estávamos refeitos, as crianças foram acordando e indo pro banho, uma jantinha leve os aguardavam, algumas frutas também. Após a janta ainda iríamos sair, pra encerrar o dia com chave de ouro é claro e a quermesse seria nosso paradeiro.

Todo ano este evento é esperado, aqui na comunidade bomba, milhares de pessoas lotam as ruas repletas de barracas de comidas típicas e de brincadeiras que as crianças curtem muito. Inevitavelmente fomos, no maior clima de alegria, vários amigos encontramos no caminho, casais abraçados seguiam em direção da festa, criança, muita criança, senhoras em frente de suas casas observam o movimento, um palco se mostrava enfeitado, haveria show de rap, samba e forró.

Eu esperando o show de rap é claro, Thaide e Racionais Mcs, Elinha aguardava o samba, enquanto isso levamos as crianças na barraca da pescaria pra tirar um lazer, comprei um a batida de maracujá pra ficar de boa, Elinha pegou um bolo de brigadeiro pra ela e pros pequenos, tudo correu como o esperado, um bom show de rap na quebrada, pessoas sorrindo, cantando e dançando, ali não vimos ódio, apenas descontração.

Noite estrelada e fria bastante convidativa, namorados se amavam e juravam amor eterno. As famílias estavam felizes, a pouco iriam pra suas casas, sem treta sem arrumação com ninguém, segunda feira se mostrava no calendário impunemente. Deu nosso horário, depois do show, quase 23h, saímos de boa com um sorriso estampado no rosto, íamos nos despedindo dos conhecidos, com votos de paz e tranqüilidade pra todos.

Puxa que dia que tivemos, esse foi vivido com intensidade, deu até certo cansaço, mas acompanhado de alegria, se todo dia fosse assim seria bom demais, não foi um sonho, embora possa parecer, mas veja que foi um dia simples de periférico, que todas essas coisas acontecem basta você querer se envolver, ver a vida de outra forma.

Sei não, mas acho que tivemos um dia lindo, principalmente pra nós, não é egoísmo não, sabemos o que acontece e ninguém está de bobeira, só sei que devemos viver a vida e procurar a nossa melhora e de quem está ao nosso redor. Hoje foi um dia lindo. Simplesmente.

Firmezza ttottal !!!

E quem quiser conhecer mais dos trampos do Mano Fanti, é só visitar os links abaixo, ok ?!?

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